04 abril 2020

Pandemia - Algo que nunca imaginei passar


Há algumas semanas estou confinada, já perdi as contas dos dias. 
Estou lendo Ensaio sobre a Cegueira, do Saramago. Tenho lavado muita louça, cozinhado as refeições, cuidado da casa, cuidado da família. E dormido bastante. Não tenho exigido de mim os exercícios postados pelas blogueiras, nem os cursos gratuitos oferecidos pelas universidades. 
Tenho respeitado meu tempo. Minhas vontades. Minhas necessidades. Uma coisa que desde a minha infância acho que não exercia.
E diante de toda essa loucura, desse estado insano e ao mesmo tempo maravilhoso que tenho vivido,  tenho desenvolvido em minha mente diversas teorias do motivo do planeta ter recebido esse presente às avessas. 
Uma delas dá conta de que não dava pra continuarmos a viver como estávamos vivendo. À beira do estresse, gritando com estranhos no trânsito, exigindo que a temperatura do pingado da padaria estivesse exatamente no ponto ideal. Perdendo o sono por dívidas que fazemos com coisas que não precisamos. Comendo mais que o necessário, poluindo absurdamente, produzindo entulhos indiscriminadamente, olhando os semelhantes necessitados com os olhos cegos, morrendo um pouco mais a cada dia vivido. Alguma coisa tinha que ser feita, é chegada a hora de parar. 
E só uma força maior teria esse poder. Ou a volta de Jesus à Terra, ou então uma pandemia. Infelizmente veio a segunda. Talvez porque a primeira, lançada à nós há 2.020 anos, não tenha infelizmente conseguido contagiar a todos da mesma forma que um vírus conseguiria. O nosso egoísmo é tão grande que a única coisa que nos faz parar, e ainda assim não a todos, diga-se de passagem, é a possibilidade de adoecer e perder a vida.  
Desta forma, as praias estão vazias, os restaurantes e lojas estão fechados, e na mesma proporção hospitais e cemitérios começam a ficar lotados. 
Procuro desesperadamente encontrar algo de bom em tudo isso e então vejo a natureza se refazendo a cada dia em várias partes do mundo. Vejo carros nas garagens e fábricas fechadas. Vejo pessoas mais abastadas se mobilizando e ajudando as mais humildes. Vejo a solidariedade como há muito não via. Pessoas comuns fazendo máscaras para doar, arrecadando e distribuindo comida, aplausos e orações.
O medo em muitos momentos, toma conta de mim. Temo pela minha mãe, pelos meus filhos. Muitas vezes acordo de manhã e procuro recobrar a consciência, me perguntando se a pandemia não fora somente um pesadelo. Entristeço quando percebo que não. E em mais um eterno domingo percebo que vou passar mais um dia. 
Hoje li que o pico da pandemia se aproxima ao meu país. O medo voltou. Resolvi tomar sol na varanda e ler. E depois de dezenas de páginas lidas, uma vontade grande de escrever me voltou. Como há muito tempo eu não tinha. Procurei então a antiga senha do meu bloguinho. Fiz o acesso e aqui estou: Giovana, com 44 anos, mãe do Lucca de 12 anos e da Sofia de 7 anos. filha da Beth, esposa do Fabricio. Que saudades eu estava... #quarentena #pandemia #gielucca #nascendoumamae 


30 junho 2015

Visita Especial

Esta noite, pela primeira vez, recebemos uma visitinha para dormir em casa.
O Dico é o primo mais velho do Lucca. Ele tem dois anos a mais e ambos sempre foram grandes companheiros, desde a primeira vez que se viram.
Ontem, nos juntamos para dar um passeio e acabamos indo comer pastel no Bar do Toninho - programão para um domingo à noite. #sqn :)
Papo vai, papo vem, e pintou a idéia de ele dormir em casa, com a promessa que poderiam jogar video game até altas horas. Aí já viu, né? Topou na hora!
Esse meu sobrinho foi o primeiro que veio dos dois lados da família. Foi nosso primeiro bebê e é um menino muito sensível e inteligente. Um artista, que desenha e fala muito bem e atua muito fofamente.
Chegamos em casa e montamos o cafofo. Dico na cama de baixo e Lucca na cama de cima. Antes disso, rolou muita risada. E a Sofia não fica à parte, não. Com um controle desconectado de PS3, até ela "jogou". Foi nossa "café-com-leite".
Chegou meia noite, chegou uma hora, chegou duas e o pique dos três não acabava! Entrei em desespero. Tinha dentista às nove da manhã!
Peguei a Sofia pra leva-la pra dormir e ela quase vomitou de tanto chorar porque queria ficar com os meninos. Voltamos. Ela ficou feliz e pediu estorinha. Atualmente, as prediletas aqui em casa são: Branca Peidoquenta de Neve e dois livros da Coleção Bebe Achou. 
Essas leituras valem uma explicação à parte: Branca de Neve foi nossa leitura noturna durante mais de um mês. Um saco, um porre. Eu e o Lucca já não aguentavamos mais. Mas, a Sofia não abre mão dessa estória. Então, num dia inspirado, acrescentei vários "puns" na trama e a coisa ganhou vida. Viralizou aqui e agora toda noite tem mil gargalhadas, sim senhor, dentro daquele quarto. Pra dormir feliz de verdade! E com relação ao Bebê Achou, outro vício da pequena, ele também recebeu toques pessoais da mamãe, que arruma nomes de crianças conhecidas para os bebês e donos sempre peculiares e inusitados para os objetos, o que causa suspense e frisson a cada página. Confesso que é demais! E a coisa vai desde o regador do Messias, nosso vizinho que cultiva a nossa horta, até o banquinho verde do Hulk. Varia conforme a inspiração da noite. E nessa entram socialites, políticos, princesas, familiares e pessoas comuns. Até você que está lendo já pode ter sido citado numa noite dessas... :)
Bom, voltando ao assunto, depois de muito riso com os puns da Branca Peidoquenta de Neve, o sono bateu. Levei a Sofia pra cama dela e apesar de choramingar um pouco, desmaiou em segundos. Quando voltei pro quarto do Lucca, voilá! Eles também tinham dormido.
Lá pelas cinco horas, como acontece toda madrugada desde que meus filhos nasceram, acordei. E como também sempre faço, fui dar uma pequena ronda para cobrir, descobrir, colocar meia, ligar aquecedor, dar mama, etc... 
Ao entrar no quarto do Lucca e me deparar com os dois garotos dormindo, me fiz aquela pergunta mais clichê do mundo: "Quando foi que vocês cresceram tanto?" Eles estão enormes, o tempo está passando rápido demais... :(
Voltei pra cama e muitas lembranças vieram à minha cabeça. Peguei no sono com o doce gostinho de fazer o Lucca dormir no colo, ninando e cantando, sentindo seu cheirinho de leite, com aquela gengiva banguela e olhar penetrante. Momentos lindos e inesquecíveis. 
Não troco tudo isso por uma noite completa de sono de jeito nenhum. 






Vai mais devagar com isso, tempo!

28 junho 2015

De volta, de novo, outra vez? Desta vez em definitivo!

 Uma caminhada até a praia com direito a dois presentes: um carrinho e um lindo encontro!
E com direito a pãozinho e açaí porque ninguém é de ferro...


A Sofia ganhou um lindo carrinho de aniversário da Vó Lurdes. Esse carrinho era o sonho dela. Sempre que via alguma criança com um desses, queria invadir e tomar pra ela...rs! 
Pois então fomos numa manhã de domingo dessas últimas, até a casa da Vó Lurdes, que agora mora em Santos, pertinho de casa, buscar o carrinho.
Quando estávamos saindo de lá para irmos à praia, fui parada por uma moça, que é vizinha nova lá no prédio, e ela me reconheceu aqui do bloguinho, mesmo depois de tanto tempo! 
Chamou carinhosamente o Lucca e a Sofia pelos nomes e me tratou com imensa atenção. Disse que é blogueira também mas, eu, atônita que estava, esqueci de perguntar seu nome. Sei somente que a filhinha linda que estava com ela, se chama Sara.
Aquilo me arrepiou, me deixou feliz de uma forma, que me fez voltar a ter vontade de escrever. É o tipo de carinho que pouco se encontra nas relações da vida real. Tem uma aura de amor sem querer nada em troca, totalmente desinteressada, sabe?
Bom, só sei que tive vontade de voltar e preciso muito agradecer à mãe da Sara por isso. De alguma forma, ela voltou a me fazer acreditar que tudo aquilo que me fez parar de escrever é bem menor do que aquilo que eu ganho vindo aqui, colocando minhas palavras e meus sentimentos.
Então, nessa semana que passou, já conversei com o querido Gustavo, da Summer Comunicação, e uma nova identidade e plataforma já estão sendo estudadas para o Nascendo uma Mãe.
Além disso, aqui em casa, toda noite antes de dormir, sorteamos uma ou duas páginas do blog para a leitura do soninho. O Lucca e a Sofia estão amando conhecer a história deles desde o começo!
Estou feliz demais e bem animada com as novidades! Espero que vocês também compartilhem do mesmo sentimento. 
Logo retorno com as novidades!

P.S.: E bem agora, nesse exato momento em que troquei uma sonequinha com a Sofia por vir aqui fazer este post, recebo um recadinho de outra antiga leitora lá no facebook, que me ficou feliz em me reencontrar. É ou não é um sinal? Beijo e muito obrigada a você também, Renata Jorqueira!

27 junho 2015

Os Padeiros da nossa vida

Acabei nem comentando por aqui mas, há quase dois anos, nosso querido Seo Padeiro (Doutor Manoel da Conceição Padeiro - Pediatra do Lucca e da Sofia) nos deixou.
Ele partiu para o andar de cima e nos deixou aqui, com muita saudades não só da sua competência profissional mas de seus bons papos, carinho e atenção que faziam parte das suas consultas.
Sempre fui uma mãe muito paranóica e ele pelo tamanho da experiência que tinha, sabia o que falava e falava com uma certeza tão absoluta que sempre me acalmava. 
Me lembro das inúmeras vezes que entrava tensa no consultório e saia leve e feliz. 
Se tinha uma febre, ele me ensinava a lidar, me explicava seus motivos e ainda dizia quantos dias ela deveria durar. Nunca foi um médico que me censurasse ou discordasse das minhas escolhas e muito menos que me deixasse tensa ou insegura com relação a um diagnóstico.
Ele sempre me apoiou no fato de não dar doces, refrigerante ou besteiras pros pequenos. Mas, nunca falou mal de quem o fazia. No fundo, depois que ele morreu, conversando com tantas outras mães que ficaram "orfãs", percebi que ele respeitava profundamente a figura materna e acreditava piamente, ele sabia, que a gente dava o máximo que podia e que fazia sempre o que achava ser melhor para o filho, mesmo que muitas vezes estando equivocadas. Mas, ele percebia isso e sempre nos apoiava, independente de nossas escolhas.
Mas, com o tempo e com a intimidade, ele sempre me dava umas cutucadas... :)
Quando a Sofia tinha sete meses e tinha que tomar a vacina da gripe, fiquei preocupada pois ela nunca tinha comido ovo e podia ser alérgica. Como saber? Como dar a vacina desse jeito? E se tivesse reação?
Ele então, rindo claramente da minha cara de susto, me mandou dar três vezes na semana em dias alternados, pudim de leite de sobremesa para a bebe. Se ela não apresentasse qualquer reação, poderia tomar a vacina. E ainda completou: "Ela vai ter a vida inteira pra fazer dieta! Seja menos dura com ela." E ele era assim...
Diante da minha tensão ainda nas primeira consultas do Lucca, fazia questão de dizer ao papai que "a babá estava fazendo um ótimo trabalho pois o bebê estava ótimo". E me dava aquela olhada sorrindo, só pra ver se eu ia xingar ou chorar... :)
Ele era um cara que amava viajar e nas ultimas consultas que tivemos juntos, ele adorava falar de Paris e que tomar um café à beira do Rio Sena, com vista pra Torre eram os dez euros mais bem gastos que poderia ter. Ríamos muito e ele sempre nos acalentava com seus diagnósticos e prognósticos. 
Ficaria por aqui por horas contando cada detalhe, cada frase mas não posso.
O que mais guardo dele são as opiniões que dava sobre meus filhos. Sempre dizia que gostava muito do Luquinha e que ele era um garoto muito especial, com personalidade generosa e que será alguém de liderança, contestador  mas agregador. Já com relação à Sofia, apesar dos poucos meses juntos, ele dizia: "Olha como ela grita, como chora forte, com gosto! Ela não vai ser fácil, não! Não pensa que vai ser boazinha assim que nem o Luquinha! Vai ser geniosa mas vai ser quem vai tomar conta de vocês com muito carinho quando ficarem velhos!"
Ah, que saudadeeeeees!
Mas, ele deixou um legado. E hoje dois filhos do Seo Padeiro, o Rodrigo e o Renato, também cuidam dos meus filhos. O Rodrigo é Oftalmo e tem a mesma voz do pai. Impossível ouvir sua voz e sua risada e não ficar com aquele nózinho na garganta. É extremamente atencioso com o Lucca mas o decepcionou profundamente dizendo que não precisará usar óculos... :) O Renato é Dentista, um fofo, e está cuidando da arcada maluca que o Lucca tem. Esse mês ele colocará um aparelho apenas para abrir espaço para o nascimento de um dentinho. Depois dou mais detalhes.
Por fim, acho que nosso querido Seo Padeiro merecia essa homenagem aqui no blog, onde muitas vezes ele apareceu e nos fez sorrir. 
Que ele esteja em paz!!





29 setembro 2014

E a escola, Sofia? Como vai?

Muito bem, obrigada! 
Como eu já disse acho que dezenas de vezes por aqui, ser mãe de mais de um filho é uma coisa muito louca. Ainda fico pasma com isso... Afinal, toda referência de maternidade que eu tinha era o Lucca.
Portanto, com a chegada da Sofia, bastaria pegar aquela receitinha e aplicar. Bem mais fácil, né? Não, não é.
Desde que a Sofia chegou aqui em casa e até hoje, por várias vezes, ainda me pego repetindo comportamento que tinha com o Lucca e quebrando a cabeça por não saber o que estava fazendo de errado. Daí me lembro que Sofia não é Lucca e tudo volta ao normal.
Acho que se ela pudesse falar, desde o primeiro dia já diria: "Não só não sou o Lucca como sou e serei o oposto dele. Se prepara pra isso!" :)
E é bem por aí. Ela tem outros gostos, outras vontades, afinal ela é outra pessoa. 
Demorei a entender e a me encontrar com a Sofia. Nosso vínculo, acredito que por conta disso, demorou um pouco a deslanchar. Ficava sempre achando que ela não me amava por ser tão independente, não querer dormir no meu colinho. Confundia tudo! É realmente muito difícil.
Então, seguindo essa linha, como não podia deixar de ser, desde o primeiro minuto a Sofia já amou a escola. 
Se sentiu confortável, a vontade. Nos dois primeiros dias estranhou um pouco, deu umas reclamadas mas não quis colo, não. Só a mão da Tia Ju já bastava pra ela.
Ficou uns dez dias ser ir por conta de uma gripe e quando retornou parecia que já estudava lá há anos! Amou voltar.
Adora o tio da porta, quando o vê fica toda feliz, porém contida porque também não é de se exceder muito nas emoções. 
Aproveita muito as atividades e a língua já começou a se soltar mais. Ela repete tudo que a gente pede, canta várias músicas do jeitinho dela, portanto, existe uma evolução e assim vamos indo.
Fica muito feliz na hora de ir e chora pra vir embora. Um barato.
Portanto, estamos muito felizes e satisfeitos. Nossa garota, minha calabresinha, é realmente muito forte, segura e confiante. E enfrentou com louvor seu primeiro desafio.
Parabéns, minha flor! Seja feliz na nova fase! 

 No elevador uma foto bem ao estilo #partiuEscola - primeiro dia!

 Já na entrada, seguiu tranquila com a Tia Glau

 E na saída, muito feliz, com a Tia Ju

Fomos então buscar o irmão e a felicidade ficou completa

Nos dias seguintes já foi assim. Vai com o Tio e nem olha pra trás!

Na saída com o papai, todo orgulhoso!

28 setembro 2014

Descobrindo um Novo Mundo




Hoje, sentada em meu sofá em pleno domingo à noite, tive uma experiência que me fez correr e querer postar aqui.
O Lucca vem apresentando grande desenvolvimento em sua alfabetização. 
Já escreve algumas palavras de forma espontânea e fica muito, mas muito bravo, quando eu dou palpites ou tento corrigir algum erro. Ele diz que eu atrapalho seus pensamentos quando faço isso... :)
Ele vem passando por uma fase muito forte medo. Medo de dormir sozinho, medo de monstros, medo de zumbis, medo de um "ursinho" que eu acredito ser o do game Five Nights at Freddy'sEle assistiu sem querer no youtube um vídeo desse jogo e ficou bastante impressionado.
Bom, mas voltando ao assunto, por conta desse medo várias medidas foram tomadas aqui em casa como restrição aos vídeos do youtube, visita à Homeopata com direito a doses diárias .de Melissa 3D, companhia na hora do sono, etc. 
E hoje, caminhando por uma livraria, comprei o Livro dos Medos de presente. Achei que ler pra ele na hora de dormir iria ajudá-lo.
Pois bem. Quando cheguei em casa, dei o presente a ele e minutos depois nos sentamos para ver os pop ups. E qual não foi nossa surpresa quando ele, devagarinho, leu todo o primeiro parágrafo.
Me deu uma alegria tão grande! Esse é mais um grande passo de seu desenvolvimento e merece certamente um registro aqui em nosso cantinho, onde tantos acontecimentos lindos e importantes já estão guardados.
Uma das paixões do momento é o game Minecraft. E música, muita música. Curte ouvir, curte dançar. Então, deixo aqui além das fotos do livro e do parágrafo onde ele estreou na leitura, um pequeno vídeo com um pouquinho da felicidade dele. Because  I'm happy...







04 agosto 2014

Como assim?

 Ontem foi dia de arrumar o material e preparar tudo para o primeiro dia!

Hoje, mais uma vez, essa pergunta povoa a minha cabeça. 
Estou aqui me preparando psicológicamente para o primeiro dia de aula da Sofia e então fico repassando mil vezes, mentalmente, se falta alguma coisa na mochila, se não esqueci da chupeta, do cheirinho, e em seguida começo a repassar como vai ser a entrada:  vou estacionar o carro na porta da entrada da escola, tirá-la da cadeirinha, entrar com ela até o pátio, entregá-la à tia Juliana e virar as costar e ir embora. COMO ASSIM? Desse jeito mesmo, a frio, à seco? E eu? Como fico?
No primeiro dia de aula do Lucca, me lembro que a escola reuniu as mães mais ansiosas num outro prédio, juntamente com as psicólogas, para um bate-papo. Assim, o tempo passou a já era hora de pegá-los.
Como a Sofia está iniciando no meio do semestre, não vou ter essa reunião e vou roer minhas unhas e chorar minhas pitangas dentro do carro, assistindo Sessão da Tarde. 
Mas, apesar da minha ansiedade, aposto todas as minhas fichas na minha filhota, acreditando que ela vai sim ficar muito bem!
Ela é uma menina independente, segura, decidida. Sei que vai amar essa nova fase. 
Agora ela está fazendo uma soneca e em alguns minutos vou acordá-la para irmos.
Coração apertadinho mas, desta vez estou muito mais segura!
Depois volto para contar as novidades!

16 fevereiro 2014

Pra mim já deu...


Hoje me peguei deixando de participar de dois grupos no Facebook. Ambos eram "maternos", um sobre religião e outro sobre informações diversas entre mães da região onde moro.
Não sei se deixei os grupos por maturidade ou imaturidade mas, pra mim chega de ouvir certas coisas e sofrer calada com elas.
No grupo sobre religião, do qual eu já nem participava ativamente por já ter presenciado um episódio de intolerância, uma mãe preocupada com o comportamento "agressivo" de seu bebê de dez meses, relatava que o filho havia empurrado uma bebê mais velha por conta de um brinquedo. Algumas mães opinaram, assim como eu, que esse é um comportamento normal pra idade, aquele bla, bla, bla que a gente já conhece.
Não é que então vem uma mãe de três filhos que resolve ser a dona verdade, dizendo que isso não é um comportamento aceitável, que todas estavam erradas de dizerem que aquilo era normal, que ela deveria sim ficar bem atenta e assistir a um filme chamado "Precisamos Falar sobre Kevin". A pessoa foi de uma insensibilidade, de uma intolerância, de uma ignorância sem tamanhos.
Eu entrei novamente naquela postagem, disse àquela mãe preocupada que não assistisse a filme algum e que, se realmente estava preocupada com o comportamento do filho, que não ouvisse conselhos de Facebook. Que procurasse uma boa amiga, quem ela acreditasse ser uma boa mãe, ou então uma psicóloga que tivesse embasamento científico para ajudá-la. Em seguida comuniquei que por conta da intolerância e da falta de carinho com o próximo que eu percebia naquele grupo de mães que se diziam religiosas, eu estava me retirando do grupo.
No outro grupo, agora à noite, encontro um post dizendo algo assim: "Gostaria de mudar meu filho de escola porque onde ele estuda está se enchendo de pessoas de uma classe mais baixa que a minha. Não acho legal que meu filho conviva com crianças que tem pais que achem correto trabalhar pouco e ganhar menos, andar com um carro mais simples ou sem ar-condicionado. Acho que o exemplo certo pro meu filho é alguém que ame o que faz, trabalhe bastante e depois colha os frutos, podendo viajar uma vez por ano para a Disney, por exemplo. Também não quero que o meu filho sinta ser mais que o coleguinha. Desculpe você que não tem condições de viajar todo ano pra Disney, como eu. É que eu posso e sempre fui. Por isso a qualidade do ensino não é tudo. A realidade social que meu filho vai enfrentar também é importante."
Tudo bem... antes que alguém se revolte, fiz uma pequena brincadeira com o que a mãe escreveu. Ela disse exatamente o contrário do que está aí em cima. 
Disse que a escola onde o filho estuda está sendo tomada por "novos ricos" e ela não quer que seu filho se sinta menos, nem que conviva com pessoas que viajam à Disney todo ano, porque ela nunca foi e nem poderá ir. E que esse tipo de gente só pensam em "ter" e não em "ser".
Mas, me digam? Só porque ela deixou de atacar uma classe baixa para atacar uma classe média, isso deixou de ser feio? O que ela falou deixou de ser preconceituoso? Achei péssimo demais. Não tive nem a coragem de escrever nada a respeito. Só fiquei lendo os comentários das pessoas concordando e tal. 
Não entendo o motivo desse pensamento tão pequeno de que quem tem uma condição melhor, por trabalhar e batalhar, não mereça conviver com o filho dela. Isso é hipócrita, é absurdo.
Nossa sociedade muitas vezes tem essa mania de que preto e pobre é coitado ou ladrão, e rico é sacana e corrupto. Não pode! Está errado!
Está cheio de gente que estuda, trabalha e cresce. E vence! Pessoas são pessoa e só. Cada um do seu jeito, dentro da sua condição. Mas, todas, sem exceção, merecem respeito. 
Todo mundo se indignou nas redes sociais com a Professora da PUC-RJ zombando do cara de regata no aeroporto, dizendo que aquilo parecia mais uma rodoviária. Mas, e o contrário? O contrário pode? Pior é que pode.
Outro dia no elevador de um shopping, funcionários do local falavam ao telefone com uma colega e, ao desligarem, a chamaram de lerda, dizendo que ela "só podia ser loira mesmo!". E eu, loira, estava no elevador. E todos eram negros. E se eu dissesse o contrário ao telefone? Sairia de lá presa. Não é justo, nem é certo.
Portanto, num mundo de tanta intolerância, serei obrigada a ser intolerante também. Não vou mais tolerar comentários hipócritas ou preconceituosos, ou sem amor, ou sem boa energia. Não vou tolerar nada que me tire o riso. Nada que me irrite ou desequilibre a minha energia. Mesmo que pra isso, poucas pessoas restem ao meu lado. Pelo menos, as que sobrarem, eu sei que serão as que valem mais pra mim. E grito bem alto: isso sim, na minha opinião, é ter realmente "valores".


05 fevereiro 2014

Primeiro dia, no primeiro ano. Coragem!






"Coragem" é o nome da turminha do primeiro ano do Lucca no ensino fundamental. 
Depois de idas e vindas, pensando seriamente em muda-lo de escola, preferimos ficar com a segurança do conhecido e com o acolhimento dos antigos amigos. 
Permanecendo no Novo Tempo, a mudança seria apenas de prédio. A turma foi quase que totalmente mantida.
Ontem fomos ao prédio novo entregar o material e ao sairmos de lá, o Lucca me disse no carro que estava sentido "um medo" de voltar às aulas. Aquele prédio grande, tias novas, salas novas... eu entendi tudo o que se passava com ele.
Certamente, o meu pequeno não tinha essa consciência mas, era o crescimento, o amadurecimento mais uma vez batendo em seu peito. 
Expliquei que muitas vezes na vida isso ainda ia acontecer, esse "medo do desconhecido". Mas, que no final, tudo sempre dá certo e a gente acaba agregando mais gente ao nosso círculo e mais conhecimento dentro do nosso coração. Isso é o que nos faz sentir vivos! Escola nova, curso novo, vizinhos novos, trabalho novo. Quem nunca passou por isso na vida? 
E por outro lado, acho bacana que ele já passe por isso agora, tão cedo mas num momento em que o risco é calculado, em que ele está num ambiente protegido, ainda que não perceba, porque ele vai se sentindo seguro para aprender, no futuro, a dar os passos necessários para sua evolução e desprendimento. Falo isso com o maior nó na garganta dos últimos tempos. Mas, é assim e ponto.
Mesmo assim, tão certa de estar certa, quando cheguei em casa ontem, postei no grupo das mães da classe no Facebook (a turminha do Lucca se mantém a mesma desde o núcleo I e depois de quatro anos de convivência, somos unidas até dizer chega! #amo) e combinamos de nos encontrar na entrada da escola para entrarmos todos juntos. Assim, aqueles mais seguros ajudariam os inseguros a enfrentar a situação. 
E foi tudo perfeito. Grande parte da turma conseguiu chegar no horário e ele, apesar de quieto, meio tímido e ressabiado, mas sorridente para as fotos, entrou numa boa, acompanhado dos melhores e mais especiais amigos do mundo. 
Ao chegar no topo da escada, virou-se e me deu um tchau. E com um lindo sorriso no rosto, me entregou de bandeja toda satisfação e alegria de ter chegado até aqui. 
Voltei para o carro, peguei a Sofia que estava com o papai e voltamos pra casa. 
Chegando, fui colocar a Sofia pra dormir. Deitei ao lado dela que, agarrada ao cobertor, piscava pesado ao mesmo tempo que gargalhava ao ganhar meus beijos. Logo dormiu e me deu aquela sensação, de novo, de tudo estar passando rápido demais.Ai que tristeza que dá...
Porém, depois de tantos anos e tanto aprendizado, respirei fundo, engoli o choro e lembrei que coisas boas e lindas realmente passam. Mas, a cada dia que chega, mais coisas lindas e boas virão. Segura coração! Coragem! :)


31 janeiro 2014

6 anos do Lucca em nossas vidas!



Essa foto foi tirada às 5:58h da manhã do dia 01 de junho de 2007. 
Esse foi um dos dias mais felizes de nossas vidas! 
Ele aconteceu depois de um único dia de atraso menstrual, após quase dois anos de espera, quando, ansiosa, resolvi fazer o exame de farmácia "só pra desencanar", afinal, naquele mês iniciaria um tratamento para engravidar.


Sozinha no banheiro não acreditei quando vi o resultado positivo na haste. Foram tantos negativos antes disso que eu esfregava os olhos para ver se estava enxergando direito.


Acordei o Fabricio, a Abigail e ninguém mais dormiu de alegria.


Nos juntamos na cama e tiramos uma foto pra eternizar esse momento. 


E 39 semanas e 3 dias depois, nasceu o Lucca, nossa luz! 


E hoje, 6 anos e nove meses depois dessa foto, são tantos sonhos realizados, tantas alegrias e aprendizados, que nem consigo me conter. 

Hoje o dia é de muita comemoração!


Um beijo filho! Com você nossa vida se tornou mais leve, mais gostosa, mais engraçada. 

Parabéns pelos 6 anos de vida! 
Te amamos demais!
 

01 janeiro 2014

Colocando a Vida em Dia: Ele Largou a Chupeta e Seu Primeiro Dentinho Caiu - Aniversário de 5 anos

31/01/2013

No dia em que o Lucca completou seus cinco anos de idade, seu primeiro dente de leite caiu. Já estava molinho e tudo mais. Porém, a queda foi acelerada por uma tentativa frustrada de desconectar com a boca duas pequenas peças de LEGO. Saiu muito sangue e o dente ficou pendurado. Pedi pra ver e quando ele deixou, puxei o restinho que faltava. Ele ficou muito bravo comigo...rs!
Porém,a Fada do Dente me salvou. Como já sabia que o dente estava pra cair, eu já havia comprado um presentinho que ele andava querendo muito.O chamei então na varanda de casa e o mandei colocar o dente no parapeito. Quando ele se virou de costas, correndo tirei o dente e coloquei o presente no lugar. Daí, dei um grito mostrando o presente e ele ficou pasmo com a rapidez dessa fadinha...
Nem preciso dizer que a janelinha foi a sensação da festa de aniversário, né?
E as novidades não pararam por aqui, não! A festinha, que eu fiz pessoalmente toda a decoração do Angry Birds como ele queria, foi uma delícia, reuniu todos os amiguinhos e ele se divertiu demais. Mas, a resolução que tomou conta da data, foi a de largar a chupeta. Ele decidiu que no dia em que fizesse 5 anos, largaria. E largou mesmo, sem nenhuma recaída.Meu bebê está crescendo! Parabéns, filho, mais uma vez!




16 outubro 2013

De repente, a saudade.



Nossa, de repente me bateu uma saudade. Saudade do tempo em que eu tinha tempo. De repente, olhei para a Sofia tão linda, tão crescida, caminhando pela varanda aqui de casa e tanta coisa me passou na cabeça. Me deu uma vontade imensa de chorar.
A constatação de que cada dia que passa já não volta mais as vezes me desespera. Me questiono o tempo todo se estou aproveitando cada minuto que passa de forma suficiente.
A verdade é que a vida de mãe de dois é uma doideira, formada por incompatibilidade de agendas, resolução de problemas e gestão de pessoas o tempo todo.
O Lucca está cada vez mais surpreendente. Anda cada vez mais falante, mais desinibido. Juro que muitas vezes torço pra ele parar de falar um pouco. Mas, isso jamais acontece. Ele fala muito, pelos cotovelos, e até por seus poros, eu desconfio. Ano que vem ele vai para o primeiro ano do Fundamental I e vamos muda-lo de escola. Supreendentemente, ele está muito feliz com a novidade, mesmo sabendo que nenhum de seus amigos vão acompanha-lo. Apesar de tanta autonomia, muitas vezes se mostra o mesmo bebezão de cinco anos atrás. As vezes chora, muitas vezes reclama, outras tantas foge pra minha cama no meio da noite. Mas, ele também é encantador e diz que eu estou linda, é piadista e vive fazendo gracinhas, é moleque e vive subindo pelas paredes.
A Sofia é uma bonequinha. Tenho tanto pra falar dela que nem sei por onde começar... Ela é calma, doce, tranquila, independente. Brinca sozinha ou acompanhada, ama crianças, bagunça, Peppa Pig, Clarilu, Agente Urso, som alto, bolacha Maizena, tirar e guardar coisas em todos os lugares e armários da casa. Ela tem mania de para com um pé no chão e o outro apoiado na ponta, como uma bailarina. Está com 8 dentes rasgando a gengiva e na semana passada cortou os cabelos pela primeira vez. Dorme de forma invejável. E quando chora de manha, encosta a cabecinha na parede e cobre o rosto com o braço, chorando baixinho. É uma das coisas mais lindas que já vi na vida. Não fala nem uma palavra, mas entende tudo o que a gente fala. Sorri quando acorda. Não larga o seu cobertor. Olho pra ela e me pergunto como consegui amar tanto assim de novo e ao mesmo tempo.
Sim, o tempo voa. Eles crescem. E tem tanta coisa boa acontecendo. Mas, dessa vez, muitas delas vou ter que guardar em minha memória e em meu coração. E sempre que der, venho aqui e formalizo, organizo e reponho tudo, tudinho. Como ela também merece.

23 junho 2013

Um Ano de Sofia - primeiras palavras, palminhas e muito amor



Semana passada, quando estava dando banho na Sofia, meu telefone tocou. Geralmente dou banho nela na hora de dormir. Me sento no chão, ao lado da banheira munida de um tablet, e muitas vezes enquanto ela brinca, aproveito para navegar na internet. O telefone estava ali também e era a minha mãe. Conversamos sobre coisas corriqueiras. Ao terminar, me despedi dizendo "tchau" e, para minha surpresa, a Sofia disse sua primeira palavrinha. Passou o resto do banho dizendo "tchau". 
No dia seguinte, também no banho, enquanto enchia sua banheira eu conversava com ela, e perguntei: "Xi, será que está muito quente?". Na hora ela começou a repetir: "tenthhh", "tenthhh"... Coisa mais linda falando "quente", porque o som escapa pelos seus dentinhos (ou melhor, pela falta deles). 
Antes disso, numa tarde eu a filmava e pedia para ela dar tchau com a mãozinha, um de seus primeiros gestos. De repente, ela começou a bater palminhas pela primeira vez. Cantei "Parabéns" e ela bateu muitas palminhas. Por trás da câmera me emocionei muito.
Ontem, essa minha pequenininha fez um aninho. O tempo voou. A vida não é a mesma quando já se tem um filho mais velho. Muitas dúvidas surgem, mas não mais aquelas de primeira viagem. Agora me pergunto se dou atenção o bastante a ela, se a estimulo bem, se fico o suficiente com ela, etc. A rotina quase não existe porque são muitos horários, de muita gente, para administrar. Fica difícil e ela acaba acompanhando o dia conforme ele acontece. Por outro lado, isso é bom porque ela está sempre disposta nos programas que fazemos na rua.
Ela já dorme a noite toda, acorda umas 8 da manhã, mama e dorme até 11, meio-dia se deixar. Come muito bem, é obediente, está aprendendo a gritar e sorri muito, quase sempre. Adora assistir Super Why, a Casa do Mickey, Doutora Brinquedos, Princesinha Sofia e principalmente, Galinha Pintadinha 3.
Adora a rua. Quando entra no elevador dá gritinhos de alegria e balança os bracinhos. Sofia é uma menina feliz, calma, levada - gosta de escalar as coisas, quase não se vê ela chorar.
Eu estou completamente apaixonada por ela e já me sinto a vontade nesse mundinho cor-de-rosa. Ela uma flor...
Está com 5 dentes, 8Kg e 78cm. Perguntei ao Padeiro se ela não está muito pequena e ele me respondeu: "Com uma mãe de um metro e meio, você queria o quê?" :)
E ela é a minha cara! Amo quando saio com ela e as pessoas dizem: "Nossa! Ela é você pequenininha!". Me sinto lisonjeada e feliz. Afinal, a vida toda o Lucca sempre foi a cara do pai e cansei de ouvir isso... :)
Ela ainda não andou mas sinto que está bem próxima disso. Engatinha rapidamente pela casa, sempre com um sorriso alegre, que franze os olhos e me derruba de paixão.
Um capítulo a parte é a paixão entre ela e o irmão. Quando eles se olham, não tem pra mais ninguém. Ela sorri pra ele, ele brinca com ela. Se dão muito bem. Ele é atencioso, paciente, cavalheiro com ela. Um amor só... Parece que vieram do mesmo lugar, pois são muito parecidos em personalidade, prazos, etc. e se olham como já se conhecessem há muito tempo.
Na quinta-feira fizemos uma festinha de aniversário da Minnie pra ela. Graças aos protestos que acontecem neste momento no país, algumas pessoas queridas não conseguiram estar presentes. Mas, seus pais, irmão, avós, tios, primos e alguns amigos mais próximos estavam lá e transmitiram toda a energia positiva na hora do parabéns. 
Ontem na exata horinha do aniversário, estávamos na Van Gogh e cantamos um "parabéns" bem animado. Ela adorou! 



Bom, é isso. Minha menininha fez um ano, minha casa continua em festa e só de saber que terei uma companheira para o resto da vida, pra quem eu poderei passar muita coisa que aprendi, que irá entender direitinho a minha correria porque a vida dela será assim também, já fico muito feliz e satisfeita.
Meu coração está quentinho, meu pensamento esta em paz e minha vida é realmente uma benção. Só o meu corpo que está o pó mas, isso é outra história...


Feliz Aniversário, florzinha da minha vida! Te amo demais!
  


08 junho 2013

A mamãe está mais velha




Comemoramos meu aniversário no Benihana, um restaurante tão espetacular de Orlando, que eu o considero mais um parque da Disney, de tão legal, gostoso e divertido.Foi uma delícia!


No último dia 26 de maio eu completei 38 anos. Mais uma vez, meu aniversário foi inesquecível. Apesar de ter acordado imensamente mal humorada e de várias coisas terem saído diferente da minha mimada expectativa, eu estava na Disney, cercada das pessoas que mais amo.
Mas, como muitas pessoas, sempre que faço aniversário acabo fazendo um balanço de mim, da minha vida e dos meus planos para o futuro.
Concluí que nunca tive tanta certeza de que cheguei à idade adulta. Com dois filhos pequenos, com uma casa pra organizar e tocar e com um marido pra acompanhar, as funções são tantas, o trabalho é tanto, que não dá pro mundo parar porque fico doente ou porque estou cansada, ou mesmo fazendo aniversário. A vida não para.
Com 38 anos me sinto bem menos inteligente e perspicaz do que há alguns anos. Minha capacidade de concentração e minha memória são quase zero para assuntos externos. Porém, vale destacar que me sinto muito mais sábia. Percebo dentro de mim uma quantidade gigantesca de informações importantes sobre viver e sobreviver, sobre optar por ser feliz deixando de carregar coisas ruins comigo, sobre tomar  um golinho da água da paz a cada vez que quero responder torto pra alguém.
Meu corpo já não tem a rigidez do auge da juventude, no entanto, nunca ele foi tão resistente como atualmente. Me movimento dia e noite, mais de 15 horas por dia, e ele responde sempre, nunca me deixando na mão. Meu rosto já tem ruguinhas, manchinhas, mas carrega um sorriso de quem alcançou muitos sonhos que sonhava e que se sente plena, apesar da loucura do dia-a-dia.
Percebo que a cada dia que passa vou me aproximando mais da minha natureza e me distanciando mais das coisas fúteis e terrenas. Curto muitas dessas coisas, mas elas não são mais absolutamente necessárias para eu me sentir feliz. 
Sinto que evoluo a cada minuto que passa. Sinto que venho me tornando uma pessoa melhor, que tenho ouvido mais, falado menos e que tenho sentido muito e isso é muito importante. Sentir é uma das melhores coisas que podemos fazer. Sentir é ouvir com a alma. Sentir é se entregar aos acontecimentos, sem deixá-los passar em branco por nossa vida.
Quanto ao futuro, decidi começar a ser mais organizada com a minha casa, menos exigente comigo, voltar a correr, comer menos besteiras e ser muito feliz. Aquelas coisas que a gente sempre promete...rs! :) 
Parabéns pra mim!
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