14 setembro 2007

Amamentação


12 atitudes que fazem a diferença na amamentação

Apesar de ser um procedimento natural, 70% das mulheres que decidem pelo aleitamento materno passam por algum tipo de dificuldade. Por isso, insista.

Amamentar é um processo natural. Mas requer paciência, disponibilidade e até bom humor para lidar com imprevistos. Se o problema não é fisiológico, não desista. Leia primeiro as dicas que seguem.

Todo mundo está cansado de saber que a amamentação é fundamental para a saúde e o desenvolvimento do bebê, mas também escuta histórias de mulheres que sofreram horrores amamentando. Algumas se adaptam à nova rotina, outras não. Isso acontece porque, apesar de ser um ato natural na teoria, na prática, o processo pode ser bem difícil. Nem a mãe nem o bebê sabem exatamente o que fazer, em que posição ficar. O bico do seio, uma parte do corpo praticamente sem função até então, passa a ser usado várias vezes por dia e fica muito sensível. E as mamas nem são transparentes ou têm graduações para sabermos quanto a criança bebeu! Nos primeiros dias em casa, sem a ajuda das enfermeiras da maternidade, os problemas podem ganhar tamanha dimensão que você vai questionar como as outras mulheres fizeram isso. Não adianta achar que na primeira mamada tudo vai correr bem, comonos filmes e nas novelas.É importante ter isso bem claro para não se decepcionar. "Como todo processo de aprendizagem, existem as dificuldades. E exige muita paciência e tranqüilidade", diz a enfermeira obstetra Márcia Regina da Silva, coordenadora do Grupo de Apoio à Amamentação, do Hospital São Luiz, em São Paulo. Muitas mulheres pensam em parar por motivos emocionais, cansaço ou desânimo com a demora do bebê para se adaptar ao peito. Raramente o motivo é fisiológico. Para ajudar, descobrimos junto com mães, pais e especialistas atitudes que facilitam o processo de amamentação. E mostramos as pesquisas mais recentes que confirmam o valor do aleitamento. Se você insistir, no segundo mês nem vai lembrar-se de que os problemas existiram. Acredite, a amamentação vai deixar muita saudade.

Amamentar tem de ser um ato tranquilo e gostoso.
Crie suas próprias regras para dar certo


1. Prepare-se
Cursos para gestantes podem ajudá-la a ter noções sobre o que é amamentar, como funciona a produção e ejeção do leite, como o bebê deve pegar corretamente no bico
do seio. Correr atrás de informações é a melhor forma de se preparar para os desafios que podem surgir. Artifícios para tornar os mamilos mais resistentes, como passar a toalha de banho e tomar sol nos seios só devem ser feitos quando indicados pelo obstetra, pois cada mulher responde de uma forma aos procedimentos.

2. Exija o apoio da família
É imprescindível que você se sinta acolhida e apoiada por seus parentes e amigos.
Isso significa ter pessoas solícitas que não façam cobranças ou comparações e entendam que nesse momento você deve ficar disponível aos horários e exigências
do bebê. O que muitas vezes significa atrasar os passeios, deixá-la dormir ou fazer sala para visitas fora de hora.

3. Seja flexível
Você não está sozinha. Cerca de 70% das mulheres têm dificuldade na amamentação. É bom saber que não é um processo 100% fisiológico, envolve também as emoções. E depende inclusive do bebê. Às vezes, ele não consegue sugar porque é muito sonolento ou não tem tônus muscular. Se a adaptação demorar e estiver muito difícil, converse com o seu pediatra sobre a possibilidade de você ordenhar seu leite e oferecer em um copinho. Isso não vai desacostumá-lo ao peito, pois nessa situação ele não estará sugando, apenas lambendo. É uma maneira de alimentá-lo e dar tempo para que a adaptação ocorra. Você vai se sentir mais segura de ver seu filho comendo e esse sentimento pode ajudar no processo de amamentação.

4. Faça suas regras
Existem alguns procedimentos que você precisa seguir para alimentar seu filho com mais tranqüilidade, mas não dá para fazer tudo que ouviu ou leu sobre o assunto. Algumas coisas, como a melhor posição, horário ou local, você só descobrirá na prática e em alguns casos só funcionarão com você e seu bebê. O importante é que os dois se sintam confortáveis.

5. Divirta-se
Você terá de ficar sempre disponível para os chamados do seu filho, mas procure também se distrair. Quando ele dormir, vá para a cama junto ou use esse tempo para correr até a manicure ou ler um pouco. Assim que o pediatra liberar o bebê para sair de casa, aproveite para passear e leve-o junto, nem que seja até a casa dos avós
ou da sua melhor amiga. Isso vai ajudá-la a desestressar.

6. Escolha um local tranqüilo e confortável para amamentar
Nos primeiros 15 dias, procure ficar sozinha com seu pequeno, para não distraí-lo. Barulho e muita gente por perto podem agitar mãe e filho. Estudos já comprovaram que o alto índice de adrenalina, resultado de grande movimentação, pode inibir
a produção de leite. Além disso, sozinha você terá mais liberdade para tomar decisões, livre de palpites. E sempre que possível prefira amamentar seu filho em locais iluminados, para que ele fique alerta e focado no que está fazendo. Se ele não
se adaptar à posição tradicional, tente a invertida, mantendo-o na mesma posição, mas mudando de seio.

7. Cuide do bico dos seios
Embora a produção de hormônios torne os bicos mais resistentes, sempre há riscos de fissuras. Não existe método milagroso para curar isso. Para ajudar, evite lavar os mamilos imediatamente antes ou depois das mamadas. Como o leite tem efeito bactericida e hidratante, passe um pouco nos bicos após o aleitamento. Procure trocar o sutiã quando estiver molhado e só lave a região com água, sem passar nenhum produto. Uma opção, se racharem, é usar um bico de silicone nos mamilos.

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