Ontem, pela primeira vez, meu filho dormiu fora de casa. Não sei por que motivo, mas fiquei arrasada. Chegar em casa e ver a caminha dele vazia foi muito duro. Engraçado como coração de mãe não funciona de forma lógica e é pura emoção.
Ele escolheu ficar na casa dos avós, brincando com o priminho. Não quis, alías, nem saber se haviam outras opções. Simplesmente, resoveu ficar. E mesmo alertado por mim, que eu estava indo embora, dormir na nossa casa e ele ficaria lá e dormiria lá, longe de mim, ele disse: -tá bom.
Diante da minha angústia, resolvi refletir sobre o motivo de eu ter ficado tão triste. Pensei em muitas coisas, desde a minha infância, quando geralmente não gostava de dormir na casa da minha avó, onde as regras eram mais duras, dormia-se mais cedo e não havia bagunça, ao contrário do que era com minha mãe.
Pensei também que, talvez, eu fosse insubstituível pra ele. Que ele fosse sentir a minha falta durante a noite e sofrer, chorar. E eu não queria isso.
E lógico, percebi que havia uma pontinha de ciúmes e insegurança por conta de perceber que o meu filhote não é uma simbiose minha, tem vida própria e vontades próprias.
Mas, toda essa situação durou algo em torno de meia hora, até eu conversar com a Vó Lurdes por telefone. Ela me deixou segura, disse que ele estava muito feliz, brincando e fazendo bagunça, e me afirmou que ao menor sinal de resistëncia dele, de saudade ou tristeza, eles me ligariam e o trariam de volta. Aquilo foi música para os meus ouvidos.
A partir daí, consegui enxergar o lado bom do que estava acontecendo. Consegui relaxar e dormir com a certeza de que não seria acordada. E consegui ficar feliz pelo Lucca. A experiência que ele estava passando não tinha sido legal pra mim, na minha infância. Mas, várias pessoas, inclusive o próprio papai relatam que amavam ficar na casa de sua avó quando criança, que eram ocasiões especiais em que a zoeira rolava solta e podia tudo. Totalmente casa de vó...rs! E, sem contar no menino de atitude que o meu filhote se mostrou ser. Disse que queria, não hesitou e cumpriu a promessa: foi dormir a uma hora da manhã depois de muito bagunçar, acordou 10 e meia da manhã e, quando cheguei para buscá-lo, disse perguntando: -Você traz os meus trenzinhos? Traduzindo: -Estou me mudando, traga minhas coisas mais importantes e pessoais...rs!
Por fim, estou louca para repetir a experiência, de preferência num final de semana, para poder relaxar, namorar, assistir a um filminho, curtir minha casa, sabendo que o garoto está feliz da vida, bagunçando em outro canto e sendo feliz tambem!
Meninas, continua rolando o Concurso da Sanremo.
11 comentários:
Ah..Giovanna, como lhe entendo...! Os daqui nunca dormiram na casa dos avós, mas tenho a plena certeza de que a minha reação inicial será a mesma!
Mas no fundo é bom eles terem um tempo fora das nossas "asas" e a gente também para curtir o maridão, né?
Bjos, lindo post!
Giovanna aqui eu já passei por isso, Miguel dormiu na casa da Vó e eu fiquei arrazada,nem dormi direito louca pro dia chegar logo,cheguei a dizer que nunca mais ele iria dormir fora.rs coisa de mãe né.
Bjs
Carla e Miguel
Ai, guria, qdo a Clara dormiu fora me deu um vazio, tbem...e quando os dois ficaram fora, então?? Por pouco não rolou Suicidio materno...ehehehe
beijos
vidadequilibrista.blogspot.com
Ai Gi... Meu coração sofreria tanto quanto o seu... alias ele sofreu horrores enquanto eu lia seu post (rsrsrs)
O Matheus nunca dormiu fora não, acho inclusive que nem ele e nem eu estamos preparados para essa experiencia rsrrsr
Parabéns para a mamãe e para o filhinho... espero que um dia eu tbm chegue a essa maturidade.
beijocasssss
Oi Gi.
Acho que tudo isso é simplesmente ser mãe! Todas sentem as mesmas coisas.
O bom mesmo é curtir o lado bom que de tudo isso.
Beijinhos
Paula
Gi, nao sou mae ainda para entender o apertinho que deve dar no coração numa hora dessas, mas por outro lado, ficaria orgulhosa da independencia dele e de vc, afinal, isso eh uma prova de que vc esta criando um filho seguro de si e, melhor, pro mundo. Bjs
Olha eu sou como vc. e embora minha filha mais velha já tenha 12 anos, confesso que não gosto muito qdo. ela quer dormir com a vovó, mas sei que é puro ciuminho de mãe....essa experiência é ótima pros pequenos e ficam simmmm na lembrança pra sempre.....agora o silêncio da casa é horrívelllllllllll, rs.
Ainda não tenho filhos, sonho em ter. Na semana que vem estarei indo a Ribeirão Preto para a transferência dos óvulos. Sou psicóloga e sempre dizem que casa de ferreiro...espeto de pau, é verdade!
Ao ler este post me identifiquei muito e embora ainda não tenha filho, acredito que eu reagiria da mesma forma. Aliás, acho que esta reação faz parte do "ser...mãe".
Abraços,parabéns pela linda família!
A primeira vez a gente NUNCA esquece...
Dói saber que a gente é substituível, mas é bom!!!
Bjão pra vocês
Olá Giovana, vim fazer uma visita e adorei o post, imagino sua angústia.
Minha filha tem 1 ano e 4 meses, os avós sempre pedem para ela dormir na casa deles, mas nunca deixei, e olha que minha mãe mora enfrente a minha casa...mas acho que nem eu e nem ela estamos preparadas.
Bjosssssssss
Adorei seu posr e te entendo perfeitamente...das raras vezes q Pitchu dormiu fora, sofri demais e nem curti com o maridão...no outro dia acordei cedo e me sentei no sofá e esperei o telefone tocar...rssr
o fone não tocou, acordei o maridão e fui correndo buscar pitchú...ela ficou bem...muito bem. Eu q sofri.
bjsss
Postar um comentário