19 setembro 2009

Nossa: já está chegando a hora da escola !!


A ESCOLHA DA MELHOR ESCOLA

O tempo voa e esse menino está tão crescido. Por isso, por aqui já estamos começando a procurar uma escolinha para colocar o Lucca no próximo ano. Posso adiantar que está sendo muito difícil. Andei visitando algumas, de padrão médio e alto, e o senso crítico fica aguçado nessas horas. Numa delas o pátio estava sujo de folhas caídas, com caroços de frutas ao chão (qualquer criança poderia colocá-los na boca e se engasgar, pois eram muitoooos) e, perguntada pela Diretora da Escola, a recepcionista informou que ela estava em casa preparando o almoço das crianças (!). Fora que a Professora do Infantil III ao ser questionada pelo cardápio, me respondeu que "vareia". Não gostei mesmo e não se tratava de uma escolinha qualquer, não. Numa outra, de alto padrão na cidade, ao questionar a coordenadora sobre qual a metodologia pedagógica aplicada, ela me respondeu que simplesmente que era uma metodologia própria (?). Fiquei com cara de interrogação, com certeza. E além desses, muitos outros fatores contrários pesaram. Um fato curioso é que somente em uma das escolinhas que eu visitei, alguém brincou com o Lucca. Nas outras ele foi ignorado por quem nos atendeu e sabe como é, né: deu doce pro filho, adoçou a boca da mãe..rs... enfim, o que queremos é nossos filhos felizes, bem alimentados e educados. Espero da escolinha que escolher que seja uma extensão da nossa casa, que seja limpa, arrumada, organizada, com pessoas educadas, cultas, competentes e atenciosas com meu filho. Por isso já estou vendo com tanta antecedência, porque, pelo jeito, vou andar bastante...rs*. Mas, antes de sair à caça da escolinha perfeita, devemos nos inteirar completamente do assunto para saber o que buscar, o que procurar e o que perguntar. Na Revista Crescer encontrei este artigo muito bom. Vou dividir com vocês:

"Uma das primeiras coisas com que você vai se deparar ao escolher a escola de seu filho é uma porção de nomes e conceitos. Antes de deixar que dêem um nó na sua cabeça, saiba que em educação os conceitos são a base, claro, mas não são tudo. As linhas pedagógicas da história da educação ainda vigoram e você terá muitas opções. Para conhecer, vai ter de entrar na escola, perguntar, observar, conversar muito. Não para se intrometer no projeto, mas para, quem sabe, ser conquistado por ele. "O olhar do pai é fundamental para saber se a escola tem um ambiente acolhedor", afirma a pedagoga Maria da Graça Souza Horn. Sim, você tem muito trabalho pela frente. Não há receita pronta quando o assunto é escolher a escola ideal para uma criança. Para ajudar você nessa tarefa, preparamos um guia para você descobrir o que realmente é preciso entender de educação para seu filho começar da melhor forma essa relação que dura a vida toda.
Para escolher bem, você precisa saber se:

... as portas estão mesmo abertas. Você tem direito de falar com a diretora, a coordenadora, o professor, o cozinheiro, o faxineiro. Pode andar pelas salas, pátios, banheiros, observar tudo. "O espaço fala mesmo que a gente não queira escutar". Mas, claro, duvidar tem limite. Para criar uma relação de confiança, o respeito vale para os dois lados. A escola que limita a passagem dos pais tem alguma coisa errada.

... o projeto pedagógico é claro. As linhas pedagógicas da educação permeiam, principalmente, quatro direções: a Construtivista , a Montessoriana, a Waldorf e a Democrática. Mas nomes não bastam (conheça cada uma delas clicando no link acima). Os projetos pedagógicos são os princípios que vão nortear todas as práticas na escola, desde o fato de priorizar alfabetização ou não, ao tipo de brincadeira a ser estimulada, passando pela forma como os espaços interno e externo são distribuídos. Em muitas há influência de mais de uma linha, o que não é necessariamente um problema. A dificuldade fica por conta dos pais, que querem entender logo que tipo de aprendizado o filho terá. "O que importa é que a escola tenha um projeto pedagógico, uma linha a seguir. É como acontece com o método de alfabetização. Não é preciso ensinar a criança a ler assim ou de outro jeito: é preciso ensinar a criança a gostar do livro."

... não só gostam de crianças "Claro que é preciso gostar de criança para trabalhar em escola, mas o profissional precisa gostar é de educação", diz o educador Marcelo, da Estilo de Aprender. Na escola não há criança, há aluno. "Lá, ela interage de modo diferente do que na praia, no clube", afirma o educador. Ele é quem substituirá, por horas, os pais como modelo de adulto e o que ele disser vira "lei". "É uma relação direta. O que a professora disser ser legal, bonito, gostoso a criança vai gostar. Principalmente na educação infantil, valor e conteúdo estão juntos. Se você dá valor ao livro e vê o professor passando em frente de uma livraria sem olhar para ela, é esse o recado que ele vai passar. Da mesma forma, se os pais não são letrados e a criança ama poesia, pode apostar: a professora tem livros ao redor dela", diz o filósofo Ghiraldelli Jr. O professor funciona como vitrine da escola. É ele quem mostra o que a instituição pensa sobre ensinar, quem instiga a curiosidade, quem faz o dia-a-dia ser interessante. Mais: quem nos inquieta e nos faz ir em busca de conhecimento. E não é assim o jeito gostoso de aprender?

... o professor continua aprendendo. Os especialistas são unânimes: a formação de um educador deve ser contínua. "Na Espanha, o professor de educação infantil é mais bem pago, porque a especialização dele é ainda maior, tem de entender do desenvolvimento da criança, não é só transmissão de conteúdo", diz Angela Martins, coordenadora de educação infantil do Colégio Dante Aliguieri. O ideal é que se defina um espaço para esse aprendizado na própria escola, para que os professores estudem, reúnam-se, discutam em que escola estão e qual caminho vão seguir. ... o discurso não é vazio. Pergunte, pergunte, pergunte. Na hora de discursos prontos como "esta escola incentiva a autonomia", ou dos confusos como "utiliza processo transdisciplinar", emende imediatamente um "como assim?". Peça exemplos, casos, situações, conquistas. Tente entender no cotidiano como isso se dá de fato. Somente assim você vai conseguir visualizar como a educação acontece.

... a brincadeira corre livre. É importante ter a brincadeira dirigida, mas a espontânea também tem muito valor. O espaço garante autonomia às crianças na sala? Com 1 ano de idade, ela tem objetos acessíveis e adequados para pegar, para escolher? Ou está tudo no armário dependendo de o professor pegar? Escolher o brinquedo tem que ver com aprender a se vestir, aprender a amarrar o sapato. Tudo pode ser feito, com autonomia e supervisão, e de forma gradativa. "Se a sala tem só alfabeto e não tem brinquedo, há algo errado. E não é preciso ser só brinquedo industrial, pode ter sucata, pedrinha", afirma a educadora Karina Lopes.

... gosta do método de aprendizado. Isso engloba tudo: se usam tinta e argila, se há lição de casa, se fazem passeios de exploração do meio, se organizam jogos, se trabalham por temas, se usam livros, se incentivam a leitura, como tratam a alfabetização. Os pais têm de saber o que buscam para o seu filho. "Muitos vêm com o discurso: ‘Não estou preocupado com que ele aprenda agora’. Mas é impossível! Ele aprende o tempo todo", diz o educador Marcelo. E esse aprender entrelaça-se com o brincar. A criança está mais do que nunca na fase das experimentações. Mexer com tintas e artes, por exemplo, aborda o convívio social e os novos olhares sobre uma mesma "coisa". Mexer com terra dá à criança um envolvimento mais direto com questões ambientais. "E tinta e terra não é 'bagunça de criança'. Esses materiais têm um porquê, um planejamento", afirma Marcelo. Verifique também como é feita a avaliação do rendimento da criança. Não é uma questão de nota ou de comparar seu filho com os amigos, mas de saber como está o desenvolvimento dele, emocional e intelectual. Também investigue como a escola trata dificuldades de aprendizagem. Todos aprendem de forma sistemática ou seguem o ritmo de cada criança? E o que acontece com os que se atrasam? Há aula de reforço? Perguntas que você pode, e deve, fazer nas entrevistas.

... lidam bem com a disciplina. Deixe os preconceitos de lado e entenda de fato como é abordada a questão de disciplina na escola que você visita. Como se trabalham direitos e deveres? Que importância se dá à questão dos limites? Não é porque a escola é "moderna" que é liberal. E nem porque é tradicional que é linha dura. Até nas escolas chamadas de democráticas, existem regras, decididas em assembléias gerais para colocar ordem na convivência. Há maneiras de descobrir como a escola age, se há castigo, se há respeito e impõe respeito às crianças e como acha que a família influencia nisso. Converse sobre o assunto, pergunte como eles lidam com o aluno que "coloca fogo na classe". E avalie se eles conduzem a situação como você faria em sua casa.

... o espaço também é educativo. A escola deve ter uma área iluminada, gostosa. Não pode ser apenas um quintal adaptado. Pense: será que meu filho vai se sentir estimulado nesse espaço? Como são as cores, as paredes, o que vai fazer parte do campo de visão diário do seu filho? Por outro lado, você precisa checar se o local é seguro, se seu filho vai conseguir se virar bem sozinho sem precisar de cuidados o tempo todo. "Numa escola, todos os espaços são educativos. É como um pátio que só existe para que as crianças corram e corram: tem de pensar, por exemplo, que elas podem não querer ficar correndo o tempo inteiro, podem querer uma sombra gostosa, uma casinha de boneca, um lugar para levar um jogo, sentar", diz a pedagoga Maria da Graça, que estudou profundamente o espaço nas escolas.

... vai além do conteúdo da TV. Na escola há música, televisão, aparelho de DVD? E livros? Existem datas comemorativas ou as crianças aprendem cultura popular, erudita, nacional e internacional ao longo do ano? Há passeios culturais? De que forma se trabalha com lixo reciclável ou voluntariado? A escola pode, sim, fazer muito mais pelo seu filho do que reproduzir o repertório da televisão e das datas pré-estabelecidas. E em qualquer idade. Mesmo os pequenos podem tirar proveito do prazer de conhecer uma obra de arte. Muito além do dia do índio, do dia da árvore...

... cuidam bem da alimentação. O que a criança come na escola também faz parte do que ela aprende lá. Se o lanche é oferecido por eles, veja se é saudável, bem cuidado. Se há uma cantina, cheque o que oferecem, o que a criança vai poder comprar. Também é importante saber dos combinados sobre o assunto: pode levar bala, salgadinhos, refrigerante? Tudo depende do que você acha bom servir para seu filho...

... seguem uma rotina. Ter horário para fazer as coisas demostra organização e bom aproveitamento do tempo. Além de trazer segurança para a criança. Cheque se o período que seu filho passa na escola é bem dividido: tempo para brincar, conversar, tomar lanche, descansar, pintar. A escola não é a casa da avó onde tudo pode a qualquer hora.

... os valores combinam com os seus. Você pode por algum motivo se encantar com o estilo de uma ou de outra, mas não pode se deixar levar. "Já tivemos de chamar pais e perguntar: será que é essa mesmo a escola para o seu filho? Para a parceria dar certo, os pais precisam confiar", afirma a educadora Renata, da Escola Viva, que adota uma linha educacional na concepção construtivista. Karina Lopes, do MEC, dá um exemplo extremo. "Se eu acho que bater educa e a escola acha isso um absurdo, não vai dar certo. Se você quer que seu filho aprenda a ler com 4 anos de idade e a prioridade daquela escola não é a alfabetização nessa fase, também não dá. As idéias têm de coincidir, senão quem perde é a criança."

... os pais parecem felizes. Não há nada demais em buscar referências com colegas ou pais que você conheça na porta da escola. Eles podem ajudá-la a compreender como funciona na prática o projeto pedagógico. A troca de idéias é sempre uma ótima pedida. E ela não precisa parar nunca.

... acolhem bem o seu filho. Certeza mesmo você só vai ter no dia a dia, mas uma visita com a criança na escola pode ajudar bastante antes de você tomar a decisão. Mas saiba que, em educação, nada é definitivo. Mesmo que não saiba falar, ele pode, e muito, mostrar a você se gosta ou não da escola. Sempre depende do jeito como ele entra e sai, de quanto ele fica bem nela, de quanto é acolhido por todos os funcionários. Ninguém melhor do que você para ajudá-lo a interpretar os sentimentos.

9 comentários:

Docinho disse...

gi o lucca é lindo dmais!! desde q nasceu! bjoca

Rafaela disse...

Muitooooo lindo seu baby!! Deus abençoe vcs!!

=D

Ana Flávia disse...

Gi, tem um selinho pra vc no meu blog. Espero que goste!
Bjks
:o)

Daphne Pierin disse...

Oi Gi!
Depois me manda email dizendo quais as escolinhas que vc andou verificando na cidade ,tà? Tenho algumas amigas com filhos por aì, quem sabe posso te aconselhar com nome de alguma escolinha?Meu irmao e minha cunhada sao professores(de alunos grandes!) quem sabe podem me dar o ponto de vista deles sobre alguma escolinha pra crianças por ai...
Bjoooooo! Dessa vez quero mto ver o Lucca, tenho certeza que ele e o Matteo vao se divertir, parecem ter o mesmo tipo de personalidade!
Daphne

Unknown disse...

Gi!

Tudo bem com vcs?

Muito bom seu post sobre "a hora de ir para a escola".
Não é muito fácil encontrar o lugar ideal para deixar nosso bem mais precioso, e para nós mães é sempre um processo difícil, pois precisamos estar tranquilas e confiantes em relação ao local escolhido.


Dias atrás achei que podia levar Beatriz para a escolinha. Trabalho no Colégio Objetivo, mas dou aulas para o Ensino Médio.
Falei com a coordenadora do infantil e decidimos levar a Beatriz. Achei que por ela poder estar no mesmo Colégio onde dou aulas, tudo seria bom. Mas a experiência foi ruim, até traumática.
Descobri que Coordenadora Pedagógica do Infantil não tem muita pedagogia nem conhecimento, parece despreparada, pois não permite que a adaptação das crianças seja feita. Até escrevi um post a respeito da adaptação, se puderes passa para ler depois.
http://versosdapri.blogspot.com/2009/09/no-meio-do-caminho-adaptacao.html

Agora decidimos esperar até o dois aninhos mesmo para colocá-la na escolinha. E será numa outra, onde o processo de adaptação e o acolhimento sejam praticados por todos: professores e funcionários.

Tenho certeza que encontrarás uma escolinha bem bacana e especial para o Lucca, que aliás, está um gatinho cada vez mais lindoo!!!

Beijos para vcs,
Priscila & Beatriz

Rita Bonifácio*Mãe do davi* disse...

Oi..Gi é mesmo muito dificil encontar uma escola para os nossos pequeruchos mesmo.
O Davi também irá iniciar o ano escolar em Junho de 2010.
Pesquisei bastante varias escolinhas e decidimos matricular em uma escola em que nossa cunhada é diretora do finaceiro.
A escola é otima e os professoras são super carinhosos com as crianças.
Agora é só esperar pra começar..e ver a reação do Primeiro dia de aula.
bjos

Nathália Martins disse...

Ai Gi, devemos mesmo ser muito criteriosas na escolha da escolinha dos nossos pequenos.
Que tudo corra bem!!!
Bjs***

Unknown disse...

Gi,

Conheci seu blog através do blog da Márcia (Um sorriso como o seu) e quero te dizer que fiquei apaixonada por tudo que você escreve...sempre muito clara, objetiva e como muito bom humor!!!
O Lucca é lindo!!! Parabéns!!!

Quero manter contato contigo!!

Beijos...e visite meu blog para conhecer a Julia.

Fabi da Juju
http://fabiju.e-familyblog.com/

Zan Moraes disse...

Olá!Tudo bem?
Também moro em Santos, tenho um filho de um ano e meio e chama-se Felipe, ano que vem ele vai p/ a escola, visitei algumas e gostei bastante do Novo Tempo, as crianças têm contato com plantas, há coelhinhos e outros bichinhos eles reaproveitam a água da chuva enfim, têm uma educação ambiental, cada bimestre eles trabalham um pintor ou escritor escolhido; achei bem interessante, as crianças me pareceram bem felizes em sala de aula. Esta é a minha dica. Boa sorte!

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